Resenha de CD originalmente publicada pelo site Imprensa do Rock
Por Fernando Sales
Nota: 09.5/10.0
Com um tom de capa mais voltado para a arte gótica, os catarinenses da MALICE GARDEN chegam ao seu primeiro álbum, intitulado “Supreme Instinct Numb”, cercado das melhores expectativas, após o lançamento do bem sucedido EP “Denying Creation”, lançado em 2021. Como o anterior, este aqui continua com o Death/Black Metal como estilo a ser seguido e desenvolvido. E estão no caminho, porque a evolução musical deste é muito grande!
Aqui eu estou em casa, porque estes caras conseguem entregar o que eu consumo como fã, no meu dia a dia. Sou bem mente aberta, mas as minhas preferências são o Death, Doom e, obviamente o Black Metal. Então, quando aparece alguém no meu país, fundindo dois dos estilos que mais aprecio, tenho que reservar um tempo especial pra poder dar atenção devida. E não me arrependi, porque “Supreme Instinct Numb” caiu no meu colo como uma bomba de napalm. Velocidade, cadência e um vocalista que parece ter saído do próprio inferno, são os ingredientes que fizeram o meu deleite.
São mais de trinta minutos de desgraceira sonora, que põe o sarrafo lá em cima, para a concorrência ter dificuldades! O padrão aqui não deve em nada ao que já venho escutando em alguns anos, o que acaba por me deixar muito satisfeito, por se tratar de uma formação do meu país, e não um gringo que tem toda a estrutura com um estalar de dedos. Pra ser bem sincero, hoje eu não trocaria a MALICE GARDEN por nenhuma europeia! Essa certeza atende pelos nomes de “Thy Master”, “Black Gold” e “Exodus”, três hinos do mais impuro Metal da Morte!
Este material da MALICE GARDEN é um item obrigatório para quem defende com unhas e dentes o Metal nacional. Pode não ser um trampo que vá redefinir padrões estéticos, mas certamente vai agradar em cheio aos seguidores do estilo! Indico de olhos vendados!
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