Resenha de CD originalmente publicada pelo site Imprensa do Rock
Por Fernando Sales
Nota: 08.0/10.0
A carreira discográfica destes caras da DEADLY SINNERS começou com este belo debut “Murdered by Sin”, e posso afirmar sem medo de errar, que estes músicos começaram muito bem. Na verdade, este material nem se parece com um disco de estreia, de um grupo que reside no interior de São Paulo. Nada contra quem mora no interior, mas conseguir um resultado como este, não estando numa capital, com melhor estrutura, é algo que tem que ser mencionado e louvado!
Mas então, do que se trata essa tal de DEADLY SINNERS?! Ela é uma banda que pratica o Heavy Metal, mas que transita com muita desenvoltura por passagens mais extremas. Andamentos variados, riffs e bateria nervosa são apenas alguns dos aspectos que estão contidos aqui e, se mal utilizados, poderiam por exatamente tudo a perder. Felizmente “Murdered by Sin” não é um balaio de gatos desconexo. Tudo aqui está muito amarrado, passando uma naturalidade absurda para quem se prontificar a escuta-la. Living in Lust” e “Victims of Chernobyl” são grandes exemplos de como estruturar corpos musicais, com elementos diversos, e todos conversando harmoniosamente entre si. Eu fiquei perplexo com o resultado, e estou falando muito sério!
Acredito que Rodrigo Luvizotto seja a carta na manga da DEADLY SINNERS. O cara tem uma voz diferenciada, um timbre bem peculiar e que pode tornar a banda bem descolada das demais, que disputam a tapas por um espaço de respeito na cena. Ele se apresenta melodioso na medida certa, agressivo na medida certa, com o uso quase que constante dos drives, dentro de um timbre pra lá de agradável! Gostei de verdade, e vai chamar a sua atenção também, nobre leitor!
Recebemos este material da DEADLY SINNERS através da galera da MS Metal, que já está negociando a sua versão física em CD. Com uma arte de capa dessas, e a música do jeito que foi apresentada, é uma questão de honra este álbum chegar na mão do fã como nos velhos e saudosos tempos, pré-internet e arquivos digitais (arghhh). Vamos aguardar…
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