Resenha de CD originalmente publicada pelo blog Avalanche Sonora
Por Rodrigo Silva
Nota: 08.0/10.0
O nosso blog é novo, mas o sonho de trabalhar com o Metal é bem antigo. Como apenas agora, pude realizá-lo, nada mais justo do que agradecer todos os nossos parceiros, com destaque para a galera da MS Metal, que nos enviou uma tonelada de lançamentos da sua gravadora. Um destes é o primeiro álbum da banda QUANTUM NOCTEM, que foi batizado de “Utopia”, e que foi um dos que mais me agradou em todo o pack.
A QUANTUM NOCTEM vem de Brasília e apresenta um Metal Progressivo moderno, complexo e que exige total atenção de quem se propuser a escutá-lo. Pra mim não foi muito fácil assimilar as ideias destes caras, mas eu tentei por horas a fio, o que me garantiu gostar das músicas, ter um contato mais completo, o que gerou uma puta conexão entre mim e a obra. Mas já aviso, se você for marinheiro de primeira viagem no estilo e/ou for um cara impaciente, fatalmente não vai gostar de “Utopia”. Repito, que aqui requer atenção e paciência em doses cavalares.
Como eu não quero cansar ninguém, já em um primeiro texto deste tipo no Avalanche Sonora, aponto “Lack of Justice (Eletric Charge)” e “Time Machine” como destaques. Mas eu, se fosse você, tentaria ouvir “Utopia” na íntegra, pois acredito que ele foi concebido como um roteiro de filme de ficção. Se você optar por consumir pedaços, além de não gostar, não vai entender bulhufas. Volto a repetir que comigo, que já sou macaco velho, foi difícil pegar tudo que ele oferece. Imagine então uma pessoa que ouve música pulando as faixas, ou ouvindo trinta ou quarenta segundos de cada uma delas. Adianto que não vai funcionar aqui.
“Utopia” veio ao mundo pra ser apreciado integralmente! Quem for contra este tipo de posição, apenas ganhará os meus mais profundos lamentos. Ótimo material e que a banda tenha uma carreira longeva no nosso país.
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