Resenha de CD originalmente publicada pelo site Imprensa do Rock
Por Fernando Sales
Nota: 09.5/10.0
O septeto curitibano, FOHATT, finalmente chega ao seu debut álbum “Reflections of Emptiness”, após a excelente aceitação do seu EP de estreia “Ancient Ritual of the Season” (2023). Agora, lançado por um dos maiores selos do underground brasileiro, a banda tem tudo para despontar ainda mais com o seu Doom Metal lúgubre, soturno e bastante melodioso. Então, caro leitor, se você for fã de bandas como My Dying Bride, Soturnus, Novembers Doom e congêneres, pode ficar esperto e garantir a sua cópia deste full lenght aqui.
Contando com sete faixas em pouco mais de quarenta minutos de duração, o material agrada em cheio ao nicho acima mencionado. A gravação ajuda a deixar tudo mais denso possível, tanto que achei a masterização extremamente assertiva, para que a banda obtivesse um resultado tão eficiente. A arte da capa não foge dos clichês do gênero, e ficou excelente, principalmente no que diz respeito a paleta de cores, deixando o monocromático ditar regra aqui. Tudo fica ainda melhor com o CD físico em mãos, que nos foi gentilmente enviado pela Eternal Hatred Records.
Partindo para as músicas, três delas me pegaram pelos ouvidos e não largaram. “Ecos do Passado” foi a primeira, com uma letra belíssima e variações constantes nos seus mais de oito minutos. “Motus Temporis”, que é uma das músicas de trabalho do álbum, é a mais inspirada, contando com as melhores melodias encontradas nesta obra. E, finalizando, temos “Sentenças Ocultas” que me deixou viajando por horas a fio após a sua audição. Acredito, inclusive, que esta última é a que melhor representa o que “Reflections of Emptiness” é! Trinca simplesmente, maravilhosa!
Mais um grande lançamento com o padrão altíssimo de qualidade da MS Metal. “Reflections of Emptiness” pode se tornar referência do estilo em pouco tempo, quando se trata de cena brasileira. Também, já adianto que, ao lado da The Cross, a FOHATT já assumiu o patamar de melhor banda do Doom nacional. Acha exagero?! Ouça o álbum e venha me cobrar depois…
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