Resenha de CD originalmente publicada pelo site Cultura em Peso
Por Sérgio “Murray” Martins
Nota: 09.0/10.0
Recebi a versão física deste “Ancestral” da PRESSURE GAIN já tem algum tempo, através da gravadora da banda no Brasil, e só agora tive a oportunidade necessária para consumi-lo como se deve de fato. Acredito que a minha decisão, para postergar a composição desse texto tenha sido acertada, tendo em vista que o longo material de áudio traz tantas nuances e detalhes, que qualquer audição superficial seria uma baita injustiça da minha parte.
A PRESSURE GAIN apresenta um Heavy Metal bastante peculiar, com vocais femininos como protagonistas atrelados, aqui e ali, com guturais masculinos. Então, é algo que já vimos no passado com bandas como Theatre of Tragedy, Macbeth e After Forever, portanto não podemos dizer que a coisa toda aqui soa como novidade. Contudo, o grupo não para por aí e injeta elementos do Hard Rock e Gothic Metal, gerando um amálgama que teria tudo para ser inconsistente. Felizmente não é o caso e o resultado obtido me animou muito.
Tiago Della Vega do Shokran Studios assinou a produção, tornando o produto de fácil acesso para outros mercados. Digo isso porque “Ancestral” bate de frente com qualquer coisa que eu tenha recebido nos últimos anos, vindo do exterior. Tal panorama animador ganha contornos ainda mais contundentes quando nos atemos as músicas “Follow Your Dreams” e “The Life After Tomorrow”, que me passaram uma energia maravilhosa. O álbum como um todo é muito contagiante, mas essas duas eu quero muito poder ver ao vivo na atual turnê deste pessoal. E até já adianto, se você quiser ter uma noção do que encontrará em todo o CD, dê uma conferida em “You Will Feel” que, com seus mais de sete minutos de duração, expõe toda a proposta artística da PRESSURE GAIN de maneira singular.
Alguns dos nossos contatos na Europa já nos pediram referências da banda, o que pode ser um excelente indicativo que o trabalho de suporte ao álbum está rompendo barreiras. E é merecido, viu?! Seria um pecado “Ancestral” ficar contido apenas para o público brasileiro, diante de tudo que foi apresentado. Mas, como nem tudo são flores, só achei ele um pouco longo demais. Como hoje as pessoas estão menos pacientes para consumirem álbuns na íntegra, ter lançamentos mais concisos seria o caminho ideal, acredito.
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