Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Fullrock

Por Jeferson di Pádua

Nota: 09.0/10.0

Eu posso dizer que já acompanho esses caras da ORTHOSTAT desde o início da sua trajetória no underground, e poder vê-los numa grande gravadora, que esteja dando suporte internacional para o seu trabalho, é algo que me deixa muito feliz e otimista para o futuro. Partindo desta premissa, recebi este tão aguardado segundo álbum, “The Heat Death”, que mantém inalterada a assinatura da banda, ou seja, é aquele mesmo Death Metal old school, consistente, e que tem no guitarrista, vocalista e compositor David Lago a sua força motriz para que tenha obtido um resultado tão satisfatório.

“The Heat Death” é um típico álbum de Death Metal, sendo assim ele é apenas indicado para quem é entusiasta pelo estilo. David e seus asseclas optam por não reinventar a roda, jogando no terreno que já estão acostumados a atuar. Aqui e ali, contudo, podemos perceber algumas texturas menos ortodoxas, mas de tão tímidas nem merecem menção neste texto. O fato é que os caras amam tal segmento e entregaram para os seus fãs aquilo que eles esperam, evitando sustos ou surpresas indigestas. Músicas como “Nothingness”, “Hydrogen” e “Inheritance” representam com exatidão o que acabei de afirmar e podem facilmente acalentar os corações de maníacos que comem com farinha os principais álbuns de nomes como Incantation, Immolation e Malevolent Creation.

Com uma produção certeira, letras inteligentes que discorrem sobre os mistérios do universo e uma arte de capa magistral, “The Heat Death” se configura como sendo uma obra completa, que supre qualquer necessidade do mais chato dos ouvintes. Comigo, pelo menos, foi jogo ganho desde que escutei o primeiro riff! Mais um lançamento de peso da Eternal Hatred Records, que fez questão de nos presentear com uma versão física que não deve em nada às produções estrangeiras do gênero.