Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou
Por Alex Viana
Nota: 08.0/10.0
Pense em um álbum complexo e que desafia você a todo instante. Pois é, este primeiro trabalho da baiana CHRONON “Music Field Theory”, fez os meus neurônios entrarem em colapso, algo que me obrigou a ouvir o referido disco cinco vezes, para tentar entender o que eu estava escutando.
Antes de qualquer coisa, “Music Field Theory” é um material instrumental, experimental e que conta com músicos competentíssimos, porém, não é um trabalho fácil de ser digerido. Quem brilha aqui, além do guitarrista e principal compositor David Lago, é o experiente baterista Thiago Nogueira (ex-Headhunter D.C., Malefactor). As linhas de bateria deste material são elementos que precisam ser estudados, já que andamentos completamente inusitados são a tônica.
A produção de “Music Field Theory” é competente, mas não é perfeita. Apesar de tudo soar no seu devido lugar, senti falta de mais peso, para justamente contrastar com as inúmeras quebras de andamentos que temos aqui. Ainda assim, depois das várias audições, já tinha me habituado e isso não se tornou um problema grave. Desta forma, valem menção “The Chandrasekhar Limit”, “Kugelblitz Black Holes” e a melhor dentre todas “The Lagrangian Points”.
“Music Field Theory” acabou me ganhando, mas é um álbum de nicho. Não acredito que precise ser músico para apreciar a obra, mas mesmo que soe paradoxal, os principais interessados serão músicos e estudantes. Vale conferir, por ser um ponto fora da curva, diante de discos e mais discos tão parecidos lançados no mundo todos os meses.
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