Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Fullrock
Por Jeferson di Pádua
Nota: 09.5/10.0
Desde as saudosas décadas de oitenta e noventa que o Brasil já fincou a sua importância na cena da extrema mundial, principalmente quando lembramos da base fundamentada por medalhões como Sarcófago, Sepultura (antigo), Mystifier, Vulcano e tantos outros. E é nesta toada para manter a escrita viva e redigida com sangue, que está inserido o duo ASKE que agora nos brinda com o seu segundo opus, “Vol. II”.
Ao contrário das referências citadas, que tinham o jeitão mais brasileiro de conduzir o seu Black Metal, a ASKE preferiu aderir à estética escandinava. Sim, basta um simples contato com “Vol. II” para pescarmos detalhes que revelam que os caras se basearam bastante para construir a sua carreira, nos melhores momentos discográficos de bandas como Dissection, Immortal, Mayhem e Burzum. Talvez, não por acaso, o próprio nome deste projeto é o mesmo de um dos álbuns clássicos do Burzum, então não daria nem pra esconder o propósito mesmo que quisessem.
As letras do material giram em torno do anti cristianismo e o niilismo, o que é outro ponto positivo, já que o Black Metal raíz jamais deveria se misturar com política, se é que vocês me entendem. O ASKE passa bem longe e, mesclando os idiomas inglês e português, concedem aos seus seguidores um verdadeiro caos sonoro, tendo como destaques as faixas “A Bruxa e o Cardeal” além de “Music Knows no Allegiance”, sendo esta última a minha preferida dentre todas.
Eu não conhecia o ASKE até que a sua atual gravadora no Brasil me apresentasse, a Eternal Hatred Records. Peço até desculpas por ter deixado passar batido, mas este é um erro que não cometerei mais. Já estou completamente viciado em “Vol. II”, e acredito que quem segue à risca o estilo de vida proposto pelo Black Metal, vai venerar este artefato!
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