Resenha de CD originalmente publicada pelo Portal do Inferno
Por Cesar Gomes Filho
Nota: 08.5/10.0
Que som estranho este da DEADLY SINNERS, no seu álbum de estreia “Murdered by Sin”. A banda é essencialmente Heavy Metal, com vocais que nos remetem ao Gothic Metal e passagens oriundas do Death e Black Metal. É de fato uma salada que tinha tudo pra ser indigesta, mas por incrível que pareça, não é que tudo aqui funciona muito bem?! É bem verdade que precisei de diversas audições para ver o valor deste material, mas quando eu o compreendi, acabou se tornando um dos meus preferidos da cena nacional dos últimos meses.
Você pode até não gostar de “Murdered by Sin”, mas o acusar de ser mais do mesmo, isso jamais! Acho que o principal elogio que pode ser conferido para a DEADLY SINNERS é que a banda procurou achar a sua própria identidade, já no seu álbum de estreia. O grupo tem as suas influências, isso é óbvio, mas ele as reúnem de maneira que funcionem como uma linguagem muito pessoal. A mescla de diversos elementos, de diversos subgêneros do Metal, fez com que este disco soasse único. Não preciso nem mencionar o quão difícil é conseguir algo desta natureza, já que a impressão que temos é que tudo nesta vida já foi devidamente criado.
A produção careceu de peso, na minha mais sincera e humilde opinião. Talvez a masterização pudesse ter deixado o som mais grave, com mais peso, seria o caminho mais apropriado. Foi justamente neste ponto que senti falta de punch, quando conheci as músicas “House of Agony”, “Living in Lust” e “Victims of Chernobyl”. Três músicas do mais alto calibre, mas que ficariam infinitamente melhores com a adição de mais peso. Não quero ser chato ou inconveniente, respeito as escolhas de todos, mas como gostei muito deste álbum, preciso ressaltar este aspecto negativo.
Tudo indica que “Murdered by Sin” ganhará uma versão física em muito breve, levada a cabo pela MS Metal Records. Acredito que seja válido, porque este disco merece ter um lugar especial na coleção dos bangers brasileiros. Eu mesmo vou querer a minha cópia, já que este som inovador, pode ser desenvolvido e se tornar algo realmente gigante no futuro.
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