Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou
Por Alex Viana
Nota: 09.5/10.0
A banda KING OF SALEM foi formada no México, mas veio buscar no Brasil o talento necessário, para encabeçar as linhas de vozes do seu álbum de estreia, “Sovereign”. Me refiro aqui ao experiente vocalista Lean Van Ranna, que por muito anos tem se destacado como uma das melhores vozes do nosso underground. Então, podemos dizer que os gringos marcaram um gol?! Na verdade, meus amigos, eles marcaram um golaço de placa.
O direcionamento musical aqui proposto, segue a linha do Prog/Metal moderno de nomes como Symphony X (principalmente), e o Dreath Theater na sua fase mais pesada. Partindo daí, a voz do Lean casou como uma luva, tendo em vista que o cara domina como ninguém o uso de técnicas que o permite transitar em áreas mais voltadas para os drives, intercalando com outras mais melodiosas. Acredite em mim, caro leitor, o resultado aqui obtido é de cair o queixo!
A arte gráfica da obra contou com a assinatura do designer Rômulo Dias, que vem se destacando como um dos melhores do Brasil. Já a produção, é outro ponto digno de nota. Tudo aqui soa no seu devido lugar, permitindo que o ouvinte sinta o vigor do peso das bases, se contrapondo com momentos “clean” repletos de feeling. Ou seja, tudo aqui em “Sovereign” foi meticulosamente arquitetado para funcionar e, de fato, funciona!
Destaques aqui são muitos, mas a semi balada “David” me pegou pelos ouvidos. A canção soa como se pudesse fazer parte dos melhores álbuns do Symphony X e, mais uma vez, Lean esbanja um talento interpretativo digno dos grandes do cenário global. Além dela, se atentem para a faixa de abertura “Your Name”, que se configura como sendo uma funcional porta de entrada ao mundo de fé proposto pela banda, bem como as ótimas “Follow You” e “Before End”.
Mais um lançamento com o alto padrão de qualidade do pessoal da MS Metal, que nos enviou uma belíssima versão física do material. A KING OF SALEM, com este primeiro importante passo, pode estar abrindo caminho para um futuro brilhante pela frente. Uma pena que será difícil vê-los ao vivo, mas quem sabe um dia isso possa vir a ocorrer e, de preferência, em terras brasileiras. Altamente recomendado.
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