Resenha: debut álbum da Macumbazilla em destaque no site Metal na Lata
Postado em 05/03/2024


Resenha de CD originalmente publicada pelo site Metal na Lata

Por Caio Siqueira

Nota: 10.0/10.0

Com 10 anos de carreira, o grupo curitibano MACUMBAZILLA lança seu primeiro álbum de estúdio, “…At a Crossroads”, 7 anos após seu autointitulado EP de estreia, que foi masterizado pelo grande Roy Z e tem a excelente “The Ritual”. Teria o grupo conseguido manter o ritmo e mostrar mais músicas do mesmo nível da referida anteriormente?

A resposta já se pode ter logo com a primeira música, “Colossus”. Uma música bem “suja”, com boa guitarra, vocal forte, bateria quebrando tudo e o baixo se destaca bem, colaborando com excelente barulheira (no bom sentido). É muito surpreendente que este grupo seja um trio (André Nigoski no vocal/guitarra, Carlos “Piu” Schner no baixo e Júlio Goss na bateria), porque é um som muito completo e bem produzido.

“Leave my Beer Alone” é excelente, perfeita para um videoclipe e mostra bem o gosto “cervejeiro” da banda, que lançou sua própria cerveja de teor alcoólico de “apenas” 12,1%. Com certeza quando eu for pra Curitiba vou procurar e escutar essa música novamente enquanto a tomo, deve fazer uma combinação perfeita. A música tem um estilo bem Hard Rock e um refrão muito potente, de novo, dando destaque ao vocal de André que é muito bom.

Com um pedal “wah wah” iniciando o riff, e uma pegada bem da época do “Load” e “Reload” do Metallica, “Hellhounds” foi o primeiro Single deste álbum, lançado ainda em 2019 e, pra quem ouviu ainda naquela época, com certeza já foi criando ótimas expectativas sobre o que estava por vir. Tenho certeza que quem esperou desde aquela época, está plenamente satisfeito com o resultado.

“Ladies from Mars” e “Blondie Phantom” têm um estilo mais alternativo, com muitas linhas de guitarras que são muito, mas muito boas e sempre o refrão é bom e poderoso. “Zombie” com certeza é uma música que merece um destaque, ainda mais que quase na reta final tem uma parte limpa com piano que ficou absolutamente genial.

Quando quer fazer um estrago dos bons, o grupo capricha, como em “The Enemy” de apenas 02:50 de duração, uma pedrada, direta e rápida assim como “Dark Hordes” que tem duração quase idêntica da mencionada logo há pouco, mas com um estilo mais “metalzão” e guitarra pesada no refrão. A bem animada “Lies” já nos traz ao encerramento do álbum com “Morningstar”, que se inicia com um belíssimo violão (com certeza fazendo referência à história de Robert Johnson e a encruzilhada), passa para o estilo sonoro que ficou marcado no disco e termina com um maravilhoso som orquestrado.

Sem sombra de dúvidas, o MACUMBAZILLA fez valer todo o tempo entre seus lançamentos, porque “… At a Crossroads” é simplesmente incrível.

 
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