Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou
Por Alex Viana
Nota: 08.5/10.0
A banda brasileira MORKALV lançou no formato digital neste ano de 2023 o seu primeiro álbum, intitulado “An Ancient Cult to the Aesir”. O grupo pratica um Raw Black Metal old school, que tem como premissa se basear no cenário escandinavo, ao contrário do que eu estava apostando. Na realidade, pelo que ouvi falar dos caras, através da sua atual gravadora no Brasil, imaginei que eles incluiriam elementos da nossa cultura, para tornar o seu som mais próximo do público da América do Sul, ledo engano.
Apesar da minha crítica anterior, eu fui muito bem surpreendido pelo material, que demonstra muita verdade em todos os seus detalhes. É nítido que o seu principal compositor, o baterista e vocalista Joey Colman, respira e vive o que prega na sua música. A entrega aqui é de fato invejável, e estou batendo nesta tecla porque já recebi incontáveis discos de bandas, que soam como farsa de si mesmas, felizmente não é o caso aqui.
A produção é bem rudimentar, orgânica e acredito que essa estética é própria do estilo que a MORKALV abraça. Não faria qualquer sentido, por exemplo, este “An Ancient Cult to the Aesir” soar como algo lançado por bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth, dos anos noventa pra cá. Simplesmente os direcionamentos musicais não conversam entre si, o que na minha ótica, também é muito bom! Porém, o único destaque negativo foi a curta duração deste play. Ao todo são oito hinos, em pouco mais de meia hora de duração! Devido a isso, ao final da minha audição, eu estava sedento por mais, e isso acabou me frustrando um pouco, tenho que admitir!
“An Ancient Cult to the Aesir” ainda não ganhou uma versão física, mas ela se faz necessária com toda certeza do mundo. Até porque, com uma arte de capa dessas, não entra na minha cabeça os músicos e a Eternal Hatred Records não terem disponibilizado no formato old school. A demanda existe, ainda mais para um nicho de fãs que é maníaco por CDs, Tapes e LPs! Espero que este trabalho seja relançado pra ontem, e que eu possa ter em mão aqui na minha estante! Enquanto esse dia não chega, sigo ouvindo faixas como “Odin”, “Sutr” e “Tyr” na minha conta no spotify.
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