Resenha de CD originalmente publicada pelo site Heavy and Hell
Por Alisson A. Constantin
Nota: 09.0/10.0
O estado de São Paulo, até por suas dimensões geográficas serem bem abrangentes, sempre nos permitiu conhecer bandas bem diversificadas. Mas a palavra diversificada nunca ganhou uma conotação tão extremista, quando a empregamos neste segundo álbum da VESPERASETH, que recebeu o título de “Nebro”. No decorrer do meu texto, você, amigo leitor, entenderá com exatidão a loucura musical que fui exposto nesta minha experiência.
Se alguém me perguntar com o que a VESPERASETH se parece, eu não saberia dizer. Provavelmente responderia que são do time do Prog Metal, mas eles não se resumem apenas a isso, tendo como base a quantidade exacerbada de peso e experimentalismos que empregam neste conteúdo. Acho então que seria bastante precipitado, talvez até injusto, taxar os caras como músicos de cunho progressivo. Sabe quando um médico não sabe o que você tem, e joga no laudo que o paciente tem “virose”?! Pois é, me senti desta forma! Analogias à parte, este tipo nebuloso de audição foi algo que me cativou, por isso me permiti ouvir “Nebro” por diversas vezes.
Gostei da produção, mas o que mais me pegou foi a qualidade das composições! “Abdul Alhazred”, por exemplo, tem diversos elementos de música árabe e, apenas para deixar tudo mais complexo e imprevisível, ela está no abre alas do CD. A partir dela a heterogenia dita o ritmo desconcertante das músicas, causando sensações diversas no fã. Eu mesmo me senti confuso em diversos momentos, mas a satisfação por ter algo genuíno, inédito em termos de sonoridade, me deu mais esperanças no lado criativo da humanidade!
“Nebro” é um disco corajoso e que também não é pra todo mundo. Espero que ele obtenha reconhecimento, porque não é fácil de ser digerido! Ainda assim, pela ousadia, mereceu uma nota nove da minha parte, com louvor!
Notícia mais antiga: Resenha: primeiro registro discográfico da Valk é avaliado por Alisson A. Constantin »