Resenha de CD originalmente publicada pelo site Máquina Profana
Por André Ávila
Nota: 09.5/10.0
Eu já estava com muitas saudades de ouvir algo que venha do Thrash, e que me fizesse pular da cadeira, para bater cabeça. Foi até difícil escrever este texto, porque “Chaos of Doom” era tudo aquilo que eu precisava, com sobras. Thrash Metal vigoroso, que alia os melhores momentos da fase Cavalera do Sepultura, com algo de Biohazard. Uma mistura bem interessante do antigo com o novo, que resultou em algo bastante empolgante.
A DEATHSPIT é mineira e já veio do lugar certo, para se fazer este tipo de som. Já consigo imaginar estes caras, em frente a Cogumelo Records, trocando fitas K7 com os amigos de longa data, pois eles aqui transparecem respirar este estilo de vida. Metal nunca foi apenas música, e este material reflete isso com uma exatidão que me tocou profundamente. A produção é excelente, e as músicas então, aí nem se fala mesmo! Tudo feito com esmero por quem entende do riscado, não a toa a música “Namaste” vem ganhando muita notoriedade na cena. Ela também é a minha preferida, mas discordo que ela esteja muito a frente das demais.
A arte gráfica, no melhor estilo “lançamentos da Cogumelo dos anos 80″ é foda! Foi assinada pelo guitarrista, vocalista e líder Victor! O cara também é tatuador, então, já dá pra imaginar que toda direção de arte vem dele! Ou seja, tudo feito em casa, em um núcleo bem fechadinho, com exceção do apoio descomunal que a banda vem tendo da sua gravadora, a Eternal Hatred Records. Através dela tivemos contato com o CD físico, que também ficou muito caprichado, e que já ganhou espaço cativo na minha estante.
A experiência de avaliar este “Chaos of Doom” me lembrou do porque amo tanto o Metal. Este é um estilo que sempre acaba nos surpreendendo, pela sua complexidade e variedade de ramificações, completamente inventivas, criativas! Quase nota máxima, pra estes caras da DEATHSPIT!
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