Resenha de CD originalmente publicada pelo blog Metal Fire Metal
Por Greg M. Schurtz
Nota: 09.5/10.0
No mesmo pack que recebi o novo álbum de outra banda extrema, veio este “Supreme Instinct Numb” da MALICE GARDEN, ambos lançamentos da Eternal Hatred Records. Então vocês já podem imaginar como ficaram os meus ouvidos, após ter contato com essas duas pedradas! Dois artefatos que exalam enxofre, no mais alto padrão do Death/Black Metal mundial. Mas focando na segunda, me vi preso por horas a fio, ouvindo este CD no repeat e confesso que ainda não me sinto cansado com o processo!
Como já mencionei, a MALICE GARDEN entrega um Death/Black Metal sem firulas, com altas doses de peso, velocidade e melodia. Incrível como tem aparecido bandas que bebem da fonte profana do Dissection, atualmente! Não apenas a MALICE GARDEN, mas tenho recebido diversos álbuns do mundo todo, que dá pra pescar facilmente referências ao trampo do saudoso sueco Jon Nödtveidt. Apenas para balizar o meu comentário, tenha “Supreme Instinct Numb” como sucessor brasileiro e espiritual do clássico “Storm of the Light’s Bane”. Guardadas as proporções e respeitando o recorte temporal que cada uma das obras foi lançada, acredito que não é leviano da minha parte equipará-las!
A arte gráfica tem um tom sacro, bem próximo e comum do gênero Black Metal, já a produção acabou por deixar as cordas mais “agudas/altas”, o que acaba passando uma sensação de carne sendo retalhada por navalhas bem afiadas. Me perdoem a analogia cretina e até infantil, mas ao escutar este play não tem como deixar passar isso batido! Músicas como “Poison Divine” e “Denying Creation” deixaram a minha vida muito mais fácil, por conduzirem a minha audição sempre lá no alto, com o padrão de qualidade sofrendo poucas oscilações. Sim, “Supreme Instinct Numb” é quase irretocável, caso não fosse a masterização, que tenho lá as minhas ressalvas! Mas isso é papo para mesa de bar, e não para um texto presunçoso como este.
A MALICE GARDEN conta atualmente com o suporte da maior gravadora do Brasil quando o assunto é Metal Extremo nacional, então, não por acaso, este disco ficou tão bem finalizado. Por conta deste fator, recomendo imensamente que você adquira a versão física, porque o trabalho empregado nela é de deixar qualquer fã orgulhoso! Longa vida aos bastardos da MALICE GARDEN e que mantenham a chama acesa do nosso Metal Negro do sul do país.
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