Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou
Por Alex Viana
Nota: 09.5/10.0
A banda catarinense de Death Metal, ORTHOSTAT, retorna ao cenário com seu segundo álbum de inéditas, intitulado “The Heat Death”. E pra quem já a conhece, e que se tornou fã através do debut “Monolith of Time” de 2019, pode ficar tranquilo porque o quarteto manteve praticamente inalterado o seu direcionamento musical. Sim, aqui a máxima é continuar reverenciando a saudosa cena da Flórida dos anos oitenta, tendo no Incantation a sua principal influência.
Antes de qualquer coisa, cabe aqui um agradecimento especial ao pessoal da MS Metal/Eternal Hatred Records, por nos ter encaminhado esta obra antes do seu lançamento mundial. Então, fica aqui o nosso mais sincero obrigado! Voltando ao disco, como já mencionado, a banda continua sua saga levantando a bandeira do Death Metal se valendo das suas principais características. “Null”, faixa de abertura, ao contrário do que muitos poderiam esperar, não é uma música rápida. Na verdade ela é bem arrastada, e serve como contraponto para a complexa “Radioactivity”.
“Gravity” vem na sequência e é a típica faixa porrada, que todos esperavam que seria a primeira! Violenta no seu início, possui uma quebra de andamento com arranjos muito bem conduzidos pelo baixista Eduardo Rochinski. Acredito que esta constante variância de velocidade e cadência já seja uma espécie de assinatura da ORTHOSTAT, principalmente porque nada soa descolado ou brusco aqui. E, neste ínterim, o guitarrista David Lago sempre aparece com intervenções muito bem vindas, através de solos melodiosos, que se contrapõem com o peso absurdo do trabalho de cordas. Acredite, caro leitor, o nível de maturação das composições aqui é algo surreal! Realmente, digno de nomes como Immolation, Morbid Angel, Sadistic Intent, Possessed e o próprio Incantation.
“The Heat Death” contém dez faixas e é um álbum que vai direto ao ponto, sem enxertos ou passagens desnecessárias! Que belo disco de Death Metal temos aqui e, com a distribuição massiva de uma das maiores gravadoras do país atuando, acredito que a ORTHOSTAT tem tudo pra sair do necrounderground e partir para a conquista de públicos mais abrangentes, principalmente fora do Brasil. Material indispensável e talvez um dos melhores lançamentos do ano neste segmento!
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