Resenha de CD originalmente publicada pelo blog Metal Maniac Media
Por Edson Portela
Nota: 08.0/10.0
Se eu tivesse que apontar, prontamente, alguns nomes para tentar enquadrar a INGLORIOUS BASTERDS em um determinado nicho, diria que os caras mais ou menos seguem os caminhos balizados pelo Black Sabbath, Candlemass, Solstice e Memento Mori. Contudo, ela não traz aquela carga lúgubre das citações deste parágrafo. Na verdade, estes paulistas trazem mais fúria do que tristeza no seu som, e isso foi algo que agradou muito.
Ao mesmo tempo que a INGLORIOUS BASTERDS se vale de andamentos mais cadenciados, consegue transmitir todo o ódio e ímpeto, que se espera de um soldado em um campo de batalha. Pra quem ainda não pegou as referências, estes caras abraçam a temática de guerra e conflitos armados, para embasar a sua sonoridade. Não por acaso, o seu próprio nome, foi extraído de um dos principais filmes do cineasta e diretor Quentin Tarantino. Até a arte da capa faz menção a isso, com os caras da banda vendo o nascer de um novo dia, em um campo de batalha qualquer.
As composições são marcantes, e podem vir a agradar aquele fã que não goste tanto assim de velocidade. Tudo aqui é muito “marcado”, talvez para que o ouvinte consiga fixar melhor as ideias propagadas. Comigo funcionou, já que a dupla composta por “Of Hawks and Rats” e “Papilon” já garantiu espaço cativo na minha lista de melhores canções do primeiro semestre de 2024. A segunda, inclusive, tem como amparo o filme cult de mesmo nome, que sou fã há décadas! Então pergunto, como não gostar destes caras?!
A INGLORIOUS BASTERDS matou a cobra e mostrou o pau, como já dizia a minha mãe no jargão mais popular possível. “Inglorious Hearts” cumpre o que promete e já pode figurar como um dos melhores lançamentos do país chamado São Paulo. Torcendo para que tudo se perpetue o quanto antes, para podermos ver este quinteto ganhando outros mercados e paragens.
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