Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Subterrâneo Metal Punk
Por Johnny Freire
Nota: 09.0/10.0
O que eu tenho escutado falar desta banda ASKE não está no gibi. O termo pode ser antigo, como as influências desta banda de Black Metal, mas a verdade é que poucas vezes vi um trabalho de promoção tão eficiente. Notícias pipocando por aí o tempo todo e este “Vol. II” ganhando cada vez mais espaço de destaque entre nós. Pessoal da Sangue Frio Prods. e Eternal Hatred devem estar com a agenda bem cheia, até porque este álbum exige toda uma atenção, devido ao seu conteúdo ter muita qualidade, de fato.
A produção é excelente, e mesmo que estejamos aqui falando de um estilo ultra mega underground, dá pra sacar com exatidão todas as ideias, bases e riffs. Tudo cristalino, porém com altas doses de peso. A pós produção foi crucial para que este resultado fosse alcançado, principalmente porque a mixagem conseguiu equilibrar bem, as devidas alturas de todos os instrumentos. Nada se sobrepõe, e como sou produtor fonográfico, sei o quão difícil isso é. A masterização deu o brilho, mas ao mesmo tempo conseguiu deixar aquele sentimento lúgubre, frio, depressivo! Trabalho de pessoas que devem estar atuando por anos neste ramo.
Gostei muito dessas duas: “The Origins of Satan” e “Pazuzu (Lost into a Valley of Rot)”. E apesar de ter escolhido dois hinos em inglês, eles se aventuram em alguns momentos com o português. A fonética da nossa língua não contribui muito, ou talvez eu não esteja tão habituado assim, mas eu preferi as faixas em inglês, sem qualquer sombra de dúvidas! Neste aspecto, as letras são muito bem escritas, o que pressupõe conhecimento de causa das artes negras, por conta dos caras. Recomendo ouvir o CD com o encarte em mãos!
O material físico é simples, mas extremamente bem produzido. Juntamente com ele, recebemos uma belíssima carta de recomendação, o que só comprova o zelo e profissionalismo que seu atual selo está tendo. Aliás, isso é bastante comum com todos os lançamentos da Eternal Hatred que chegam até mim. Torço muito para a ASKE despontar, quem sabe também no exterior, já que o seu som tem muito apelo comercial por lá. Vamos aguardar.
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