Resenha de CD originalmente publicada pelo site Sub Discos
Por Rony Portela
Nota: 08.5/10.0
“Utopia” é o tipo de lançamento que impressiona. Impressiona pela capa! Impressiona pela produção! Impressiona pelas composições e, como não podia deixar de ser, impressiona pelas atuações dos músicos aqui presentes. Aliás, não apenas músicos, mas quem produziu tudo por aqui foi o baixista Matheus Maia, que já integrou uma outra banda que fez certo barulho no passado, a Hamen, da cantora Mônica Possel.
Ao contrário da Hamen, que praticava um Gothic Metal pujante, Matheus e seus asseclas optaram por seguir firmes e fortes com o Prog Metal, mas carregado de muito peso. Não por acaso, vi gente maluca por ai dizendo que a QUANTUM NOCTEM é Djent! Na minha humilde opinião, nunca foi, nem nunca será! Aqui tudo gira em torno do Progressivo, mas passagens mais modernas dão um contorno mais abrangente para o álbum. Seguindo por esta trilha, acredito mesmo que o Matheus conseguiu reformular sua carreira, em um novo projeto, que tem mais mais a ver com a realidade atual do cenário, principalmente nacional!
Então não podemos dizer que é coincidência, que “Utopia” vem sendo abraçado e tem conquistado cada vez mais espaço por aí. Toda semana trombo com algo relacionado a estes caras, o que demonstra que barreiras estão sendo quebradas. Mas o que falta para uma tour? Essa é a pergunta que fica, porque eu sinceramente gostaria muito de ver músicas como “Lack of Justice (Eletric Charge)” e “Time Machine” explodirem em um PA. Acredito que falte pouco, porque se limitar a ficar em Brasília, seria uma injustiça terrível com os fãs de outras localidades.
O nível de maturidade da QUANTUM NOCTEM é algo louvável. Não sei se os demais músicos já tem o tempo de carreira que o Matheus Maia tem, mas se não tiverem, demonstram ter, principalmente o vocalista Victor Vitório e o excelente guitarrista Márcio Oliverr. Quero muito poder acompanhar a evolução deste time, muito mais até do que já tenho visto pipocar no nosso Brasilzão. Recomendo de olhos fechados, mas de ouvidos bem abertos.
Notícia mais antiga: Resenha: primeiro álbum dos arruaceiros da Bruthus em destaque no site Sub Discos »