Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou
Por Alex Viana
Nota: 08.5/10.0
FAEL RAMOS é um experiente baterista, nascido na cidade pernambucana de Paulista, que já ostenta um currículo invejável, já tendo feito parte de diversas bandas pelo mundo. Nomes para ilustrar o que estou mencionando aqui, não faltam. Então, posso citar a sua passagem por line ups de artistas com Thomas Lindall (NOR), Dico Las Casas, Roberto Tauffic (HON) e Ticiano D’Amore, apenas para se ter uma noção do naipe do rapaz. Agora, seguindo em carreira solo, lançou o álbum “The Illusionist”, que joga o músico para o mundo do Rock Progressivo.
O nome do seu projeto solo se chama F.A.E.L, e acredito que optou por este caminho para dar uma cara mais worldwide para o produto. Eu particularmente gostei, mas este fator é apenas a ponta do iceberg, principalmente quando ainda vamos analisar as músicas de “The Illusionist”. O material contém apenas quatro canções, mas o total da bolachinha ultrapassa os trinta minutos de duração. Obviamente, quando falamos de Rock Progressivo, faixas longas já estão no roteiro e a fan base espera justamente por isso.
A produção é excelente, bem como a arte gráfica com o seu lado abstrato, linkando a imagem de funcional maneira com o título da obra. “Fragile State of Mind” foi a que mais gostei, principalmente por ter sido construída para a bateria do cara estar sempre em destaque. Já a faixa título é dividida em quatro partes, contabilizando mais de dezoito minutos, de uma viagem musical muito bem construída. Este tipo de composição pode por tudo a perder se o compositor não for habilidoso, e aqui Fael acerta em cheio conectando todas as passagens com muita personalidade. Uma verdadeira aula dentro do gênero!
O debut álbum do projeto F.A.E.L não soa enfadonho, cansativo, tampouco chato. Ele cumpre tudo aquilo que o fã espera de uma formação calcada no Rock Progressivo, e nos enche de orgulho! Ainda mais agora, que este material está contando com a distribuição de uma das maiores gravadoras do país, só podemos esperar coisas boas para o futuro. Valeu cada segundo do meu tempo!
Notícia mais antiga: Resenha: debut álbum da Inglorious Basterds é avaliado pelo site Heavy and Hell »