Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Brazil Legion
Por Rodrigo Maldonado
Nota: 09.5/10.0
Eu sou um dos caras que são órfãos do Power Metal Melódico dos anos noventa. Helloween, Stratovarius, Angra, Sonata Arctica e até a exagerada Dragonforce movimentaram meu CD player por muitos e muitos anos! Mas de lá pra cá, muita coisa mudou, e até os novos trabalhos destas bandas que citei neste parágrafo, já não soam mais como antigamente. É na contramão desta triste constatação, que percorre o direcionamento desta banda VALK, que vem de Goiânia, apresentando nos moldes antigos o tal “Metal Espadinha”.
“Martyr”, o seu primeiro EP, não tem vergonha de soar brega ou datado, muito pelo contrário. O quarteto bate no peito e chama a responsabilidade pra si! Acredito até que estão tacando um belo foda-se para o mercado e para os fãs mais chatos. E é justamente esta coragem que me pegou e não largou mais. Como eu virei fã da VALK, meus amigos! Simplesmente porque ela me entregou algo que supriu muito a minha carência. Sem sacanagem, eu estou neste momento ouvindo mais o “Martyr” do que álbuns como “Cycles of Pain”, “Eldorado” e “Survive”, das bandas Angra, Edu Falaschi e Stratovarius, respectivamente.
“Lotus”, faixa de abertura vai bem na linha do Angra, da fase “Angels Cry”. É a costumeira música rapidinha, que geralmente abrem os shows de grupos deste naipe. “Desperate Lonelines” e “Drago Heart” são os demais destaques, por trazerem muita melodia dentro da roupagem anos noventa que me referi acima. Tudo aqui cheira a naftalina, mas e daí?! Era o que eu queria e o que eu precisava! Não sei quanto a você, mas eu me senti muito abraçado. “Martyr” me pegou pela mão e não largou mais, me fazendo voltar a ser adolescente novamente! Sensação maravilhosa!
Este EP é mais um lançamento da MS Metal Records, que nos presenteou com um kit recheado de novidades. Na minha praia, certamente, o VALK foi o que melhor me desceu, dentro deste novo catálogo da gravadora. Mas tem de tudo um pouco, basta ir no site da empresa e escolher a vontade, porque tem pra todos os gostos! Mas, voltando ao VALK, espero que um álbum cheio não tarde a vir, e que venha sem modernices desnecessárias.
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