Resenha de CD originalmente publicada pelo site Sub Discos
Por Rony Portela
Nota: 09.5/10.0
Só não vou admitir que conheço o TROPA DE SHOCK desde o álbum “Fragmentos” de 1990, porque senão denunciaria a minha idade (risos). Mas é verdade, já acompanho os caras desde aquela saudosa época, e de lá pra cá muitas formações se sucederam, mas a dupla Don/Minetto se mantém firme e forte, dando uma aula de perseverança. Acreditem, a história desses dois caras, poderia dar um livro ou um documentário. Talvez, algo similar ao que foi feito com o Anvil, anos atrás, e que rendeu maior notoriedade para os canadenses, depois de tanto tempo no ostracismo!
“The Circle of Spells” foi lançado em 2021, mas só agora pude ter contato com ele. Do Hard Rock nacional com letras em português do debut, até o aqui mencionado último trabalho, muita coisa mudou. A banda abraçou o Heavy Metal tradicional, que flerta com as escolas inglesas e alemã, deixando qualquer tipo de experimentação estética para os mais jovens. Acredito que este álbum surja para relembrar aos fãs da atualidade, como é composto Heavy Metal de verdade, com postura, verdade e fidelidade ao estilo.
Nada de novo no front, mas com muita habilidade, Don e Minetto, vocalista e baterista, respectivamente, conduzem os demais músicos com maestria ímpar. Impossível não sentir as mãos da dupla em cada detalhe de “The Circle of Spells”. Desde a produção, até a arte gráfica, tudo aqui remete à trajetória de ambos os músicos. Só que agora, tudo é cercado de mistério, fantasia e crenças ao lado oculto do ser humano, através da bruxaria. Você não está enganado, quando se lembra do filme “A Bruxa de Blair”, porque é exatamente este clima que temos aqui, a todo momento.
“The Circle of Spells” é muito envolvente e, espero que as pessoas tenham paciência para ouvi-lo em sua totalidade. Mas para os impacientes, minha recomendações são “The Rising Of The Witch”, “The Forest Blair” e “The Evil Queen”. Repito: Ouçam o álbum na íntegra, pois vai valer muito a pena o seu tempo.
Notícia mais antiga: Resenha: primeiro trabalho da banda Valk é avaliado pelo jornalista Rony Portela »