Resenha: último trabalho da Barok Projekto em destaque o maior portal da Bahia
Postado em 10/09/2024


Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou

Por Alex Viana

Nota: 08.5/10.0

O BAROK PROJEKTO vem do interior de Goiás e, desde 2007, traz uma proposta inusitada de fundir o idioma esperanto ao Metal. Confesso que não conhecia os caras, mas agora contam com a distribuição de uma das maiores empresas do ramo no Brasil, formada pela galera da MS Metal. Dito isto, nos foi enviado este EP “Veko” de 2022, que conta com seis faixas em pouco mais de 20 minutos de duração.

Mesmo com a arte de capa belíssima e bastante convidativa, o meu medo maior era que o esperanto me afastasse da obra, o que felizmente não veio a acontecer. Mesmo com uma estranheza inicial, tudo aqui é tão bem composto que a língua adotada não fez qualquer diferença pra mim. Então, o que temos aqui é uma banda que prática um Metal mais cadenciado, que flerta bastante com o Power Metal e música erudita. Mas antes que você queira esse link, não achei estes caras parecidos com o Angra, principalmente porque não encontrei aquelas referências um tanto quanto batidas, de música brasileira. Ou seja, a BAROK PROJEKTO está mais para Haggard do que para ser um filhote do Angra.

Já nos primeiros momentos de “Kial Ne?” já da pra notarmos algumas semelhanças com o Haggard, tanto no andamento, quanto nas melodias e inserções de trechos neoclássicos. A coisa toda fica mais ainda mais íntima, com a chegada de “Hibrida Batalanto (Esperanto)”, que traz bem vindos vocais guturais na sua estrutura. Ela só não é melhor que “Pindoramo Estis Invalidita”, que me remeteu aos momentos mais folclóricos de bandas como Vintersorg. E, neste caso, o esperanto foi peça chave para que a conexão existisse. Desta forma, recomendo que o fã mais atento escute o álbum “Cosmic Genesis” dos suecos, e ficará impressionado com algumas semelhanças muito bem entrelaçadas.

Agora com a pretensão de lançar dois novos álbuns, o BAROK PROJEKTO segue firme e forte com as suas escolhas, que visam, acredito, se diferenciar do mar de bandas que estão aos montes por ai. De certa forma, conseguiram! Contudo, espero que o novo álbum traga mais novidades que as faça descolar tanto das suas referências dentro do gênero.

 
Categoria/Category: Clipping

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